quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quando procurar um Psiquiatra?


Quando procurar um psiquiatra?

Atualmente, os termos ansiedade, pânico, depressão, esquizofrenia, TOC e outros estão “na boca do povo”. A mídia é inundada por matérias sobre saúde, ou melhor, doença mental e é difícil não encontrar hoje quem diga “ah, meu TOC é fechar o gás” ou “meu TOC é guardar os sapatos encostados um no outro, se não, não durmo” ou “fico deprimida quando não consigo ir ao salão fazer as unhas...”.


Em primeiro lugar é necessário diferenciar o normal do patológico, do doente. As pessoas são todas diferentes umas das outras e cada qual tem sua característica pessoal de temperamento, aptidões, defeitos,  inteligência, etc. Existem comportamentos que são normais em uma cultura e considerados bizzaros em outra. Ou seja, o normal e o patológico dependem também da cultura onde se vive. Alguns comportamentos são normais em determinada fase da vida, mas se persistem são considerados patológicos. Outros comportamentos são normais quando ocorrem em uma determinada intensidade e doentios quando são tão freqüentes que chegam a causar problemas. 

Então, quando é que um comportamento ou sentimento passa dos limites da normalidade e merece ser examinado por um psiquiatra? De modo muito resumido, pois somente a entrevista psiquiátrica é capaz de levar a um diagnóstico, citarei aqui alguns “indícios” de que um comportamento pode não ser normal. 

1-      Sofrimento: se a pessoa sofre isso pode ser um sinal de que algo não vai bem. No entanto, o sofrimento também é parte normal da vida. Sofremos quando nosso cachorro morre, quando repetimos o ano na escola, quando somos rejeitados por quem amamos etc..  Se sofrer é normal, qual o limite?

2-      Duração do problema: se alguém amado morre, é normal ficar triste. Mas por quanto tempo? Dias, semanas, meses ou anos? O processo de luto pode variar mais ou menos de acordo com a pessoa, mas em geral se estipula que até um ano seria razoável sofrer a perda de alguém amado. Isso quer dizer que se faz 10 anos que meu pai faleceu e eu ainda sofro por isso, sou anormal? Não, pois não só o tempo define o caráter patológico, é necessário ver também o quanto isso interfere na vida cotidiana.

3-      Interferência no cotidiano: voltando ao exemplo do luto-se meu pai faleceu há 3 dias e eu não consigo sair da cama de tão triste, isso é anormal? Não necessariamente, mas de fato precisamos  cuidar de alguém nessa situação. No entanto, se o ente querido faleceu há mais de 4 meses e a pessoa não consegue trabalhar, não consegue se divertir, não vê mais graça na vida, aí sim, podemos estar diante de uma tristeza patológica, uma depressão (ou um luto complicado). 

De modo simplista, podemos dizer que se a qualidade da emoção, do sentimento, do comportamento etc. for exagerado, absurdo, não compatível com a situação e alem disso interferir no cotidiano e no funcionamento ou qualidade de vida ou tiver uma duração além do esperado, há grande chance de que a pessoa enfrentando essa situação seria beneficiada por uma avaliação psiquiátrica. 

"Artigo retirado do site: http://anahounie.weebly.com/"

O Vídeo abaixo busca desmistificar a psiquiatria e o psiquiatra:




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